top of page

A influência da internet na saúde mental — o vício que não percebemos

  • Foto do escritor: Patricia Zucker
    Patricia Zucker
  • 29 de jul.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 31 de jul.


Vivemos hiperconectados — e adoecendo em silêncio.

O uso descontrolado da internet afeta nossa saúde mental, enfraquece relações e compromete o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Neste texto, trago uma reflexão sobre os impactos reais da vida online sem limites.



mãos acorrentadas segurando um celular, diante de um tablet e um notebook


A influência da internet na saúde mental - A urgência de usá-la com consciência.


Vivemos a era da conexão ininterrupta. A internet está em tudo: trabalho, relações, entretenimento, consumo, lazer, autocuidado.


Nunca estivemos tão “presentes” — e ao mesmo tempo, tão ausentes de nós mesmos.

A promessa era de liberdade e acesso. Mas o que vemos, na prática, é um uso crescente, desregulado e, muitas vezes, destrutivo dessa ferramenta. O que começou como uma extensão do nosso cotidiano, hoje nos domina de forma silenciosa. E pior: defendemos esse uso com veemência, como quem tenta justificar um vício.


Segundo o Oxford English Dictionary, o termo “brain rot” — que em tradução livre significa “apodrecimento do cérebro” — descreve o declínio cognitivo e emocional causado pelo consumo excessivo e passivo de conteúdos digitais. Um estado em que a mente se entorpece, se torna reativa, dispersa e saturada.


Não se trata apenas de perder o foco: é uma intoxicação da atenção e uma corrosão silenciosa da saúde mental. E com isso vêm os sintomas: ansiedade, depressão, insônia, baixa autoestima, burnout... e, em casos mais graves, ideações suicidas.



No corpo adulto: o vício invisível


No ambiente de trabalho, a hiperconectividade é mascarada de produtividade.


Respostas fora do expediente, urgências que não acabam nunca, a obrigação de estar “sempre disponível” — sob pena de “perder espaço”. Não há mais separação entre o tempo de viver e o tempo de produzir.

três pessoas paradas em pé, conectadas em dispositivo móvel, não se falam

O descanso virou luxo!


A rotina se torna uma sequência de notificações e tarefas ininterruptas, e o tempo livre é preenchido com mais consumo digital.


O resultado?

Corpos exaustos, mentes aceleradas e uma desconexão profunda com a própria vida.



Na infância e adolescência: identidades sequestradas


Para crianças e adolescentes — que estão em pleno desenvolvimento emocional e subjetivo — os impactos são ainda mais profundos e alarmantes.

uma criança com um notebook e um tablet, ignorando os brinquedos espalhados e um adolescente fazendo selfie


As redes sociais criaram uma cultura de comparação e competição ilusória: vidas perfeitas, corpos perfeitos, sucesso precoce, felicidade inabalável. A cada rolagem de tela, o jovem vê aquilo que parece ser a vida real do outro — e, em contraste, se percebe insuficiente.


Essa comparação constante fragiliza a autoestima, desestrutura o senso de identidade e gera uma pressão esmagadora por performance, beleza e relevância.


Consequência? Transtornos alimentares, ansiedade social, depressão, automutilação, e um aumento significativo nos casos de suicídio na adolescência.


Estamos criando uma geração que acredita que seu valor depende da validação digital.


A internet é ferramenta. Nós é que somos os usuários.


A internet permite estudar, viajar sem sair do lugar, manter contato com quem está longe, buscar apoio, espalhar ideias, trabalhar de qualquer canto do mundo. Mas uma ferramenta poderosa, quando mal usada, também pode se tornar um risco.


Não se trata de demonizar a internet. Mas de entender que o uso inconsciente, excessivo e sem critério tem custos — mentais, emocionais e sociais.



A pergunta urgente é:


Quem está no controle, você... ou o algoritmo?

Provavelmente você responderá EU...


Mas pense com honestidade:

  • Quem decide quanto tempo você passa diante da tela?

  • Quem determina o que você consome, o que deseja, o que compara?

  • Quantas vezes você entrou “só pra ver uma coisa” e saiu horas depois, sem perceber?


O algoritmo não te obriga — ele te seduz. E o vício se disfarça de distração, de produtividade, de “informação”.

Não se trata de culpa, mas de consciência. Ainda dá tempo de recuperar o controle, de silenciar ruídos, pausar estímulos, e lembrar que existe vida fora da tela.


A internet é uma ferramenta e o que você faz com ela…...aí sim, é escolha sua.

Se você sente que algo não está bem… procure ajuda!

Nem tudo precisa ser enfrentado sozinho...


A terapia é um espaço seguro, onde você pode pensar sobre os efeitos desse excesso, sobre os ruídos internos e externos, sobre a forma como você tem se sentido — com ou sem internet.

É um espaço para reconectar com o que é seu. Se tudo parece demais, talvez seja hora de se ouvir.

Se quiser, estou aqui para caminhar com você nesse processo, usando a internet de forma positiva...


Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação

© Desde 2023 por PATRICIA ZUCKER.

bottom of page